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MAIS QUE SUSHI

Linda, Organizada, Colorida, Detalhada

A culinária japonesa como conhecemos atualmente, toda linda, organizada, colorida, esmerada nos detalhes, que tanto encanta, é fruto de inúmeras modificações ocorridas ao longo dos séculos, sendo a versão mais recente advinda do Pós 2ª Guerra.

Apesar de milenar, até o século 10, a China e a Coreia eram os ditadores dos costumes alimentares, não havia de fato uma culinária japonesa e a forma de preparo era muitíssimo diferente do que é hoje.

 

A base da comida japonesa é o arroz, cultivado no Japão há muitos séculos, simbolizando a fartura, utilizado em pratos destinados não somente ao prazer do comer, mas também às cerimônias.

 

O arroz é tão importante para os japoneses, que foi usado até como pagamento de impostos. Há sempre um prato a base de arroz, dizem até que quando chegaram ao Brasil, procuraram um lugar onde era possível o plantio do arroz, vindo parar em São Paulo.

 

A predominância de alguns alimentos é nítida, como o arroz, o peixe e os legumes, sendo essas combinações correlacionadas à longevidade e qualidade da saúde dos japoneses.

 

Os peixes e frutos do mar são abundantes, pois o país tem rios e o mar ao redor, porém o país é pequeno em extensão e montanhoso, por isso a agricultura e agropecuária são restritas, incentivando o uso dos pescados, que são de fácil acesso. O arroz também é cultivado em pequenos espaços e em lugares alagados.

 

A culinária valoriza os alimentos de época e o local, tudo deve harmonizar, pois depende também da ocasião, seja de festejo ou celebração. O objetivo maior dos alimentos vai além de dar energia ao corpo, mas também alimentar o espírito, visto a forte influência budista, por isso quase não se usa carne, mas sim frutas, peixes, pastas e muita soja.

 

As tradições japonesas são conduzidas com seriedade e permanecem através das gerações, dentre as quais a cerimônia do Chá, composta pelos elementos, Wa, Kei, Sei, Jaku, que significa Harmonia, respeito, pureza e tranquilidade.

 

A cerimônia de influência Taoista e Budista pode ser rápida ou durar em torno de 4 horas, com bastante formalismo. O Chadõ, caminho do chá, foi introduzido pelo monge de nome Eichu, no retorno de sua viagem. O chá servido nesta cerimônia é matcha.

 

Na tradição Kaiseki ryori introduzida no começo do séc XIX permanece até hoje, que consiste em regras de etiquetas mais brandas na forma de servir, que consiste em tomar o saquê durante a refeição, sem, contudo, comer arroz junto, que é servido ao final da refeição.

 

Os jantares têm na ordem, aperitivos, como o sashimi (peixe cru fatiado) seguidos da sopa miso, tsukemono (picles), arroz, doces, frutas e por último o chá.

 

A culinária japonesa pode ser considerada artística, tanto na preparação e apresentação, possuindo pilares, conhecida por possuir 5 norteadores.

 

  • O primeiro refere-se aos sentidos, paladar, olfato, tato, visão e audição, refletindo na textura, cheiro, apresentação e até o som dos utensílios no preparo.

  • O segundo fala das cores, mantendo a origem budista, prevalecendo branco, preto, vermelho, verde e amarelo.

 

  • O terceiro, que é o objetivo de toda a comida é o sabor, sendo a mistura do doce, o salgado, o azedo, o amargo e o umami,  a arte da culinária. O umami, que significa delicioso tem relação com alimentos com glutamato, como peixe, que sozinho o gosto não é bom, mas na mistura com outros alimentos traz sabor agradável.

 

  • O quarto relaciona-se as maneiras do preparo, assado, cru, cozido, grelhado e frito, geralmente todos presentes nos pratos desta culinária.

 

  • O quinto traz a atitude, pedindo uma reflexão ante a refeição, levando ao agradecimento pelo alimento à mesa, sobre o trabalho de quem preparou, o remédio que alimento traz ao corpo.

 

Com isso agradecemos aos chef desta culinária pela arte que trazem à mesa, nos presenteando com uma comida saudável para o corpo e para os olhos.

 

Inúmeros são os exemplos dessa culinária magnifica com pratos simples, como um tipo de cogumelos grelhados com molho shoyu ou manteiga e a conserva de pepino, chamado de sonomono e até mesmo a omelete, sim o próprio, feito de maneira minuciosa e chamado de Tamagayaki. 

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